do Universo Criança
No tempo em que ainda não havia luz elétrica, mas pouco faltava, quem quisesse trabalhar ou ler depois do Sol poderia ler mais a base de velas.
Era o caso do poeta da nossa história. Estava ele, à noite, a escrever uns versos, iluminado apenas pela luz do luar e pela chama incerta de uma velinha a se finalizando, quando uma nuvem interceptou a luz da Lua.
- Ai! - lamentou o poeta. - Não tarda que a vela acabe. Como vou eu conseguir terminar o poema?
Abriu a janela e gritou:
- Vento, se é meu amigo, afasta a nuvem, para que o luar volte a me iluminar.
O vento terá ouvido o pedido e rodopiou numa súbita ventania. Tanta foi que soprou a vela do poeta. Ficou o pobre às escuras.
- Vento, você não percebeu o que eu te pedi? - irritou-se o poeta. - É um desastrado.
Do céu carregado de nuvens começou a cair uma valente chuvada.
- Pronto. Não precisa de chorar. Ninguém é sempre perfeito - disse o poeta ao vento.
Fechou a janela e, foi para a cama. Ficou o poema em meio. Não se perdia grande coisa, que o poema valia pouco. Ninguém é sempre perfeito...
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Ninguém é sempre perfeito
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Postado por Redação Online às 02:00 | Marcadores: Histórinhas e Fantasias |
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